Nosso escritório é especialista em fraudes bancárias e administramos dezenas de casos sobre o tema. Devido ao volume de processos atendidos, tivemos contato com os mais diversos tipos de golpes aplicados no Brasil nos últimos anos.
Em todas as ações sempre representamos o consumidor e, com base na pesquisa das mais recentes teses jurídicas e jurisprudência consolidadas pelos tribunais pátrios, temos trazido resultados majoritariamente positivos a nossos clientes (ressarcimento dos prejuízos sofridos), embora nunca seja possível garantir êxito por razões de ética profissional.
Prezamos pelo diálogo, respeito e acessibilidade com as pessoas que procuram nossos serviços. É sempre possível fazer contato direto com o advogado que cuida do processo, viabilizando a incorporação dos detalhes de cada caso nas petições, além da personalização do atendimento, o que potencializa os resultados positivos a longo prazo e agrega valor para nossos clientes.
Abaixo, elaboramos uma lista dos principais golpes e fraudes aplicados nos últimos anos, com um breve descritivo do modus operandi dos estelionatários em cada um deles:
– Golpe da Troca do Cartão – geralmente aplicado por estelionatários que se disfarçam como vendedores ambulantes (p. ex., de bebidas, cigarros, etc.) ou motoristas (táxi, aplicativo, etc.). Na hora de realizar o pagamento do produto com cartão, o bandido se aproveita de um momento de desatenção do cliente para observar a senha digitada na maquineta e trocar seu cartão por outro pertencente a terceiro (possivelmente vítima do mesmo golpe). Em posse do cartão e senha da nova vítima, o meliante realiza transações até estourar o limite da conta. Golpe geralmente aplicado em período noturno na entrada e saída de bares, shows e boates.
– Golpe do Falso Leilão – quadrilhas especializadas em crimes virtuais criam páginas falsas, que emulam sites de órgãos públicos (p. ex., DETRAN) e ou de casas de leilão autênticas. O golpe é aplicado após a vítima supostamente arrematar o veículo ou moto no leilão. O responsável pelo lance vencedor é orientado a fazer a transferência do preço para uma conta de laranja. Feito o pagamento, os estelionatários cortam o contato com a vítima e, muitas vezes, o bem arrematado é disponibilizado em novo leilão no mesmo site.
– Golpe da Maquininha Adulterada – estelionatários adulteram as máquinas de cartão de crédito, de modo que no visor do aparelho conste um valor (previamente combinado com a vítima), quando, em verdade, é operada transação de numerário muito superior, causando prejuízo. Geralmente aplicado por falsos entregadores ou falsos vendedores ambulantes.
– Golpe do Delivery – falsos entregadores credenciados a aplicativos de delivery simulam uma situação que culmina com a vítima tendo que realizar pagamentos fora do ambiente do aplicativo. Tais pagamentos podem corresponder ao valor do próprio pedido ou a uma suposta “taxa de entrega”. Na hora do pagamento, os meliantes se utilizam de uma máquina de cartões adulterada, de modo que no visor apareça o valor combinado com a vítima, ao passo que em verdade processa-se uma transação de valor muito superior.
– Golpe do Caixa Eletrônico – este golpe costuma ocorrer nas dependências de caixas eletrônicos. Os golpistas se passam por funcionários do banco e oferecem ajuda aos clientes (especialmente aos mais idosos) para realizarem suas transações. Quando a vítima está distraída, o fraudador observa as senhas digitadas no caixa e troca o cartão dela pelo de um terceiro desconhecido. Em posse do cartão e senha, o estelionatário promove uma série de transações ilegítimas, até o cartão ser eventualmente bloqueado.
– Golpe do Boleto Falso – Quadrilhas especializadas em crimes cibernéticos emitem boletos falsos em nome de instituições financeiras, operadoras de plano de saúde ou qualquer outra empresa com a qual a vítima tenha vínculo. O valor e a origem da dívida contidos no boleto falso geralmente são verdadeiros, o que muitas vezes induz o cliente a pagar a cobrança fraudulenta.
– Golpe da Falsa Central de Atendimento – fraudadores fingem ser gerentes/funcionários do banco e alegam para a vítima que foram detectadas transações fraudulentas na conta. Para cancelar tais operações, os supostos funcionários convencem a vítima a revelar dados da conta bancária e do cartão (p. ex., código de segurança e senha). Em posse de tais dados, a quadrilha realiza diversas operações ilegítimas – estas sim reais.
– Golpe do Motoboy – estelionatários se passam por funcionários do setor de segurança do banco e/ou bandeira do cartão e convencem a vítima a entregar o cartão a um motoboy para realização de suposta perícia e cancelamento.
– Golpe do Presente/Brinde – meliantes entram em contato com a vítima, alegando ser representantes de uma empresa (p. ex., loja de chocolates). Informam que a vítima ganhou um brinde em razão de uma data especial (p. ex., Natal, aniversário, etc.) e que um motoboy fará a entrega do presente na residência. A vítima precisa pagar apenas a “taxa de entrega” (geralmente um valor baixo). Quando o cliente recebe seu brinde e faz o pagamento com cartão, o estelionatário utiliza uma maquineta adulterada: no visor do aparelho, consta o valor da suposta “taxa de entrega” (digamos, R$ 5,00), mas, na realidade, a operação é processada com um valor muito maior (p. ex., R$ 5.000,00).
– Golpe do Falso Parente/Amigo – estelionatários se passam por amigo ou parente da vítima, geralmente via WhatsApp, informando que estão passando por alguma dificuldade financeira (p. ex., conta bloqueada, falta de limite no cartão, etc.) e solicitam que a vítima faça pagamentos em nome de terceiros, geralmente via PIX.